O Grêmio quer evitar polêmica em torno da entrevista concedida pelo técnico Celso Roth à edição especial da Revista Placar com os melhores do Brasileirão. O treinador, que conversou com o repórter Sérgio Xavier no dia 24 de outubro, disse que sofreu um processo de humilhação dentro e fora do clube após as eliminações do Gauchão e Copa do Brasil.

O assessor de futebol André Krieger minimizou a fala de Roth, nesta sexta, dizendo que ele não estava se referindo à atual direção do futebol, que bancou a permanência dele em meio a críticas da imprensa e torcedores, e que não se sentiu incomodado quando o técnico declarou que "diretor é amador, é passional":

— Com absoluta naturalidade, de acordo com a minha realidade, com a do Milton (Kuele) e do (Luís Onofre) Meira. Somos amadores e com muito orgulho. Nenhum de nós tira um real do futebol, ao contrário, perdemos dinheiro. Portanto, para nós não há a menor novidade nisso.

Sobre a humilhação, Krieger destacou que Roth deve ter se referido aos comentários a respeito do amistoso que o Grêmio realizou contra o Ivoti, um time amador:

— Um jornal da Capital se ocupou de página inteira com a qualificação, profissão dos jogadores da equipe adversária. O Grêmio foi a Ivoti, em função disso, de todos os comentários que ocorreram na oportunidade, jogava contra um time de operários. Em função disso, eu presumo, tenha havido a humilhação referida por ele.

O assessor de futebol afirmou ainda que sua relação com o treinador segue a mesma:

— Não há constrangimento algum. Minha relação com o Celso sempre foi clara, transparente. Mesmo porque essa pretensa insurgência se refere a um período anterior à minha posse.

O técnico Celso Roth esteve reunido com o diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano na manhã desta sexta no Olímpico.